sábado, 17 de dezembro de 2011

uma música para o fim de semana - We Trust


André Tentugal é um realizador de videoclips de várias bandas portuguesas, nomeadamente X-Wife e Mind da Gap.
Enquanto ia realizando, ia simultaneamente escrevendo canções. Segundo as palavras do próprio André, ao fim de trabalhar dois anos consecutivos sem parar, ter a oportunidade de gravar aquilo que foi escrevendo foi uma pausa necessária e merecida.

Com André estiveram presentes na feitura e arranjos das músicas, músicos amigos que foram sendo feitos ao longo dos trabalhos para eles realizados.
Valorizando o colectivo em detrimento do nome próprio surge o grupo We Trust, lançando o álbum These Old Countries.

Ainda o álbum estava em fase de produção, já a música Time (Better Not Stop) circulava nas playlists das rádios nacionais.
Curiosamente, sendo André um realizador de videoclips não foi ele quem realizou o seu. Foi um amigo sueco Rickard Bengtsson que conheceu na internet que o fez, utilizando câmaras de alta velocidade.

Uma nota, pessoal que se diverte a fazer contagens diz que o título Better Not Stop é repetido 53 vezes.
Não o confirmei, mas se quiserem tentar...



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

há 100 anos no Pólo Sul - Roald Amundsen


O certo é que Roald Amundsen se tivesse seguido o desejo de sua mãe, teria sido médico, mas com a sua morte, Amundsen dedicou-se a aquilo que era o seu apelo desde pequeno, explorar as regiões polares.

Experiente em expedições em ambas a regiões polares, nomeadamente através da participação da expedição belga de exploração da costa antártica que o levaria a passar um inverno no círculo polar antártico e da descoberta na sua expedição de 1903-1905 da Passagem do Noroeste com o veleiro Gjoa, que une a norte do continente americano, os oceanos Pacifico e Atlântico e onde aprenderia com os esquimós locais a usar trenós de cães e técnicas de sobrevivência polares, Amundsen lança-se na conquista de uma das suas maiores ambições: ser o primeiro a chegar ao Polo Norte.

A meio dos seus preparativos da expedição soube que Robert Peary e Frederick Cook tinham anunciado e reclamado para si próprios a conquista do Pólo Norte.
De imediato Amundsen virou a sua atenção para o lado oposto do planeta, o Pólo Sul.
Com dívidas e de maneira a manter os patrocínios já obtidos até à altura, Amundsen não revelou a sua verdadeira intenção, para todos os efeitos ele continuaria para o Polo Norte como uma viagem de âmbito científico.

Em Agosto, o veleiro Fram partia da Noruega, chegando em Setembro à ilha da Madeira, onde pararia durante alguns dias para reparações e abastecimentos.
Foi na Madeira, perante a sua tripulação que Amundsen revelaria pela primeira vez qual o seu verdadeiro destino. Poucas horas após o anúncio, o Fram partiria para o extremo sul do planeta.

Alguns meses depois, a 14 de Dezembro de 1911, utilizando trenós puxados por cães e esquis, Roald Amundsen e a sua equipa pisavam pela primeira vez o manto branco do Pólo Sul e deixavam uma tenda montada com a bandeira norueguesa no topo.




O britânico Robert Falcon Scott que estava com Amundsen numa corrida pela conquista do Pólo Sul, ao chegar cerca de cinco semanas depois e contemplar a tenda norueguesa terá escrito frustradamente no seu diário "Meu Deus, este lugar é horrível".
No interior da tenda encontravam-se equipamentos de orientação e roupa deixados pelo próprio Amundsen.




No regresso, a equipa inglesa enfrentou temperaturas muito baixas e grandes tempestades: Morreram famintos e congelados.
Em Novembro de 1912, os seus corpos foram encontrados. As últimas entradas no diário de Scott datavam de Março.

Roald Amundsen morreria a 18 de Junho de 1928, com 55 anos, no oceano Ártico, num acidente de hidroavião durante uma operação de resgate do explorador italiano Umberto Nobile.

domingo, 11 de dezembro de 2011

compra de fim de semana - Enrico Rava





Para comemorar o seu quadragésimo aniversário, a etiqueta ECM resolveu reeditar os seus melhores quarenta álbuns de jazz lançados no período de 1971 a 1993 numa série que designou por Touchstones.

The Pilgrim and the Stars é uma dessas pérolas. Comprei-o na sequência de Tati da semana passada.
Editado em 1975 foi o primeiro álbum que o trompetista italiano Enrico Rava gravou para a ECM.
Trinta e seis anos depois este álbum mantém-se muito actual, sem acusar a passagem dos anos. Ainda muito imbuído do free jazz, as origens de Rava, mas já a caminhar para a harmonia e lirismo que o caracteriza agora.