sábado, 23 de dezembro de 2017

a minha árvore de Natal...





uma música para o fim de semana - Dave Brubeck Quartet


Todas as músicas de Natal soam melhor quando é o jazz que nos transporta até nós.
Muitas delas nasceram sob o signo do jazz ou, foi o jazz que as popularizou.

Uma dessas, e tantas vezes tocadas até à exaustão, é Santa Claus is Comin' to Town.
Foi escrita em 1934 pelos norte-americanos Haven Gillespie e John Coots.
Desde então não deve ter havido artista musical que não a tenha tocado ou cantado.
É uma das canções de Natal mais enjoativas que conheço.

Então porque este tema para o fim de semana de vésperas do Natal? Porque nesta versão tocada pelo quarteto de Dave Brubeck, ouve-se o melhor saxofonista alto da história do jazz, Paul Desmond, ao lado de um dos melhores pianistas, mas não o melhor, igualmente da história do jazz, o próprio Dave Brubeck.
E sempre que há uma oportunidade para se ouvir Paul Desmond, esta deve ser imediatamente aproveitada.

É ele que torna absolutamente fascinante, e suportável, uma música que se houve milhares de vezes, todos os anos, num espaço de tempo tão curto como um mês, desde... 1934!

Os primeiros onze segundos de Santa Claus Is Comin' to Town, são sublimes. Vénia a Paul Desmond!

Bom fim de semana e de caminho... bom Natal 🎅






quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

um poema de... Joaquim Maria Machado de Assis (no solstício de Inverno)


Manhã de Inverno

Coroada de névoas, surge a aurora
Por detrás das montanhas do oriente;
Vê-se um resto de sono e de preguiça,
Nos olhos da fantástica indolente.

Névoas enchem de um lado e de outro os morros
Tristes como sinceras sepulturas,
Essas que têm por simples ornamento
Puras capelas, lágrimas mais puras.

A custo rompe o sol; a custo invade
O espaço todo branco; e a luz brilhante
Fulge através do espesso nevoeiro,
Como através de um véu fulge o diamante.

Vento frio, mas brando, agita as folhas
Das laranjeiras húmidas da chuva;
Erma de flores, curva a planta o colo,
E o chão recebe o pranto da viúva.

Gelo não cobre o dorso das montanhas,
Nem enche as folhas tremulas a neve;
Galhardo moço, o inverno deste clima
Na verde palma a sua história escreve.

Pouco a pouco, dissipam-se no espaço
As névoas da manhã; já pelos montes
Vão subindo as que encheram todo o vale;
Já se vão descobrindo os horizontes.

Sobe de todo o pano; eis aparece
Da natureza o esplêndido cenário;
Tudo ali preparou co’os sábios olhos
A suprema ciência do empresário.

Canta a orquestra dos pássaros no mato
A sinfonia alpestre, - a voz serena
Acordo os ecos tímidos do vale;
E a divina comédia invade a cena.


Joaquim Maria Machado de Assis


Inverno, a sua arte


Inverno. Hoje é o dia mais curto do ano.
Só há um senão, a partir de hoje os dias estão sempre a crescer.
Nem tudo é perfeito... 


Marius Vieth


Wassily Kandinsky


Edvard Munch


Jean Claude Monet


Rui Palha


Nazar Bilyk


Anna Gillespie



terça-feira, 19 de dezembro de 2017

flamingo pride


Tropecei nesta curta por mero acaso.
A animação é brilhante, o argumento é super original e som que a acompanha, idem.

A moral é simples: há sempre uma tampa para cada panela. E quando menos se espera.
Mas a coisa para o lado hetero parece ser um bocado chata...

Esperem mesmo, mesmo pelo fim.
É como em alguns filmes: depois dos créditos finais, vem a surpresa.

Enjoy.